27 de dez. de 2008

Anisups

No fim da década de noventa, as crianças estavam sendo bombardeadas com influências de Pokemon e Dragon Ball. Eu era uma delas. Fiquei louco com a idéia de uma dimensão recheada de criaturas fantásticas com poderes diferentes que lutavam entre si. Quis criar a minha própria dimensão, uma dimensão com todos os personagens que eu já tinha. Os meus personagens, na maioria das vezes, eram baseados em animais com alguma coisa especial _Como o M, que era metade menino, metade esquilo_ Generalizadamente, meus personagens eram animais super poderosos. Daí surgiu o nome Anisup.

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História
Em uma galáxia distante, viviam em harmonia uma série de criaturas fantásticas chamadas anisups. Com uma catástrofe, o planeta em que eles viviam foi destruído. Para a não extinção da raça, cinquenta espécies de anisups foram aprisionados em um cristal cada um e enviados dentro de um meteoro, para um outro lugar, o planeta Terra. Ao se chocar com a Terra, o meteoro espalha todos os cristais em diferentes pontos do planeta e os anisups retomam a forma original. Só que havia um problema, a mágica que fez os anisups se transformarem em um cristal e se transportarem para a Terra, impunha que somente um anisup sobreviveria neste planeta, enquanto os outros deveriam voltar a ser cristais. Assim começa a saga de M, em busca dos outros quarenta e nove anisups perdidos no mundo, a fim de derrotá-los e colecionar os seus cristais para, só assim,viver na Terra.
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Desenvolvimento
Os anisups não foram a minha primeira experiência com quadrinhos. Quando criança, criava histórias misturando Cebolinha e Bomberman no mesmo contexto. Também gastava cadernos copiando historinhas da Disney e uma série especial que eu fiz de Pokemon. Já fui para os anisups com uma base, a grande evolução nesta linha foi a utilização de folhas sem pauta.
Comecei criando uma história sem fim pré-determinado. O que a minha imaginação ia me dizendo, eu ia fazendo. O primeiro gibi dos anisups nunca chegou a ser terminado. Além dele, eu fiz um caderno com a ficha de todos os personagens, que eram 50 ao todo. Dividi-os em tipos e adicionei poderes e fraquezas a cada um. No momento em que eu ia criando, eu ia imaginando a história por trás dele. Este caderno foi terminado.
A idéia dos anisups era boa, e eu gostei. Chamei os meus amigos para desenvolvermos as idéias juntos e, cada um, assumiu a identidade de um personagem diferente. Formamos o clube dos Anisups e prometemos uns aos outros que levaríamos esta idéia à frente. Bom, a idéia foi... Mas passou por várias modificações ao longo do seu percurso.

A origem de uma personificação

Quando eu era criança, sempre gostei muito de desenhar. Tinha sonhos loucos e absurdos que não saiam da minha imaginação, mas ficava fascinado com a idéia de realizá-los. Eu não sonhava em ser bombeiro ou astronauta, como toda criança normal, eu sonhava em ter um rabo de esquilo e voar girando com ele. Eu tinha consciência de que esta vontade maluca eu não poderia realizar, mas consegui transpor ela para o papél e, assim, criei um personagem que saciaria esta vontade por mim. Se tratava de um garoto com rabo e orelhas de esquilo, este garoto podia voar com o simples movimento do girar do rabo. Estava criado o meu próprio amigo imaginário, que, mais tarde, acabou se tornando a minha primeira personificação.
Gostei muito deste personagem e o batizei com o nome de um personagem de desenho que eu gostava muito. Este nome foi mudando com o decorrer do tempo, mas vou chamá-lo aqui de "M". Gostei tanto que não o queria mais como um amigo imaginário, queria ser ele. Com isto, assumi uma identidade falsa de um personagem que eu tinha criado para saciar os meus desejos mais absurdos. Eu ERA o "M".
Com o tempo, comecei a complexificar a idéia. Criei novas habilidades, uma personalidade mais fixa e uma história para o personagem, abordando, na sua origem, temas como a ufologia. Criei um irmão gêmeo para ele, o qual eu vou chamar aqui de "N". N seria o lado oposto de M, sendo que os dois eram uma parte de mim. M seria o meu primeiro herói inventado e, N, o primeiro vilão.
Assim, eu fui crescendo com esta idéia na cabeça, não precisava me conformar com o que a natureza tinha me dado, se, com a minha imaginação, eu poderia ser o que quiser. Levei esta idéia à frente. Eu era um ser poderoso e poderia fazer mais. Criei mais e mais personagens semalhantes a este e, logo, tinha uma coletânea completa de criaturas fantásticas. Surgia a idéia dos Anisups.

Bem Vindo ao Rapman Book

Olá, amigos, colegas e super-heróis que estão visitando este blog. Aqui eu vou postar todo o meu percurso como artista, listando todas as minhas linhas de desenho que vierem à lembrança e os meus principais personagens durante a minha carreira. Duas principais linhas seguem neste blog, as artes plásticas e o hip-hop. Aqui vocês podem acompanhar a evolução do meu traço e das minhas idéias, além de ficarem sempre por dentro do que anda acontecendo na Rapmanworld.

Boa viagem... Só não se percam ao entrar!