10 de mai. de 2009

Melecoman Vs. Turista Nazista



Até o final do ensino médio, eu estava estabilizado no rap e nos quadrinhos, afinal, eu tinha um parceiro para as duas áreas que era o meu melhor amigo. Nosso grupo era muito unido, e nós dois éramos como se fôssemos os pilares deste grupo.

A impressão que deu foi que o ocorrido aconteceu subitamente, mas este foi um processo que vinha se alimentando há tempos. Praticamente, de um dia para o outro, de melhores amigos, eu e TN passamos a nos tornar os piores inimigos. Uma briga muito séria entre nós dois acabou fragmentando todo o nosso grupo, dividindo metade para o meu lado, metade para o lado dele. Este, sem dúvida, foi o marco para o fim dos Estudantes Paladinos, sem nunca ter a oportunidade de ter sido produzido graficamente. Depois disso, cada integrante foi para um lado e um nem ficou tomando conhecimento do outro.

No rap não foi diferente, nós éramos conhecidos na escola como uma dupla, e, com o rompimento da dupla, a RapArt acabou e eu perdi novamente o interesse em fazer rap. As letras que fizemos juntos ficaram arquivadas no meu computador. Fechei o ano com um rap que eu tinha feito sozinho para o pré-vestibular (meu então grupo de amigos principal a partir de agora) e outro para o dia da consciência negra. Este rap eu usei rimas mais maduras do que as que eu usava antes e existiu como uma prova de que eu fazia rimas independente de um parceiro, mas marcaria o fim de um período como rapper... Por outro lado, quando nós éramos uma dupla, eu era o cara das rimas. Este também foi um marco para o início de um novo período do qual eu não precisasse de ninguém pra cantar comigo.

Os Estudantes Paladinos foi uma história que acabou sendo perdida no tempo, pois cada integrante foi para um lado e ninguém ficou com direito de usar a imagem do outro. Eu, há algum tempo, já estava transitando de identidade e assumindo uma nova mais própria. Não queria mais ficar com o Melecoman, mas queria continuar com a ideia de super-herói, então passei um período me reinventando. Com este processo de reinvenção, me estabilizei em uma ideia que eu vinha alimentando há algum tempo. Cheguei a Rabbit Run.

2 comentários:

  1. cara...

    uma vez, vi uma frase assim "a gente existe pra existência de alguém, e alguém com certeza existe pra nossa. às vezes, não importa quão rápido seja o tempo que uma pessoa passe na nossa vida, ela pode ficar marcada para sempre em nosso coração".

    acho que acaba se encaixando aqui.

    gosto dos teus trampos rapman! =)

    eles têm sentimento!

    o/

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  2. É verdade, cara...
    Ele contribuiu decisivamente na minha vida artística. Aprendi muitas coisas com ele tbm. Com certeza se não tivesse rolado uma parada chata seríamos grandes amigos até hoje.

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